terça-feira, 7 de outubro de 2014

Performance de "Maria Madalena" - Ensaios



Ensaiei durante dois dias para fazer o teste no Estação Madame hoje. Pretendo mostrar uma performance da figura de Maria Madalena. Usarei figurino. Um vestido negro medieval e uma colcha também negra. Esta servirá como cenário.
Meu objetivo é ser aprovado para mostrar meu trabalho na próxima edição do evento, que é na virada de quinta para sexta-feira. Pelo menos, entendi que já poderia me apresentar nessa ocasião.
Não sei se consigo passar, mas verificarei a possibilidade de continuar me aprimorando e fazendo teste até conseguir. Preciso fazer cada vez mais teatro para render no curso puxado que faço no ETA (Estúdio de Treinamento Artístico). Até estudante universitário faz essa escola por causa do seu rigor.  Eles também esperam que o aluno busque o máximo de experiências possível fora das aulas.
Fico curioso se for o caso de eu levar Maria Madalena regularmente para a cena.  Até que ponto eu poderia melhorar? Sentirei mais orgulho da personagem? Eu só fiz uma apresentação, que foi na segunda edição do Sarau no Jardim de Perséfone, em março desse ano.
 Nos últimos ensaios, introduzi coisas novas e me tornei consciente de outras que poderia melhorar. No segundo caso, aumentar a força da voz, variar a expressão facial e aproveitar melhor o espaço da cena para a movimentação não se tornar repetitiva e isso contribuir para um eventual desinteresse do público.
Quanto às novidades, elas têm muito a ver com o que treinei no ETA. Por exemplo, não dar as costas para o público. Outra, deixar o rosto sempre visível para ele. Na minha interpretação dessas orientações, o objetivo é trabalhar captar ao máximo a atenção do público. O método de que deriva esses exercícios é o do realismo de Stanislavski, que visa a produzir na audiência a ilusão de o que está sendo mostrado na cena ser muito parecido com a realidade. Certamente, não é um teatro experimental. Calhou de eu me predispor a essa visão de atuação por conta de, há alguns meses, ter interrompido o contato com literatura experimental e estar me dedicando a projetos com romances do século XIX, mais clássicos.
A mais importante inovação é, indubitavelmente, o improviso. O texto era o mais importante no passado. Agora, ele funciona como base, mas não exige uma declamação literal. Com o improviso, posso inserir mudanças no texto em plena apresentação. Lógico, desde que não saiam da lógica da personagem e da ideia central.  Para o ETA, improviso é tudo. E vamos lá.

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