Em
uma beleza percebida por uma
sensibilidade fantástica e mórbida haveria uma esperança de se experimentar
algo especial, separado só para seus olhos. Seria muito simples se falar em fuga
da realidade. Não que isso deponha contra a qualidade estética de determinadas
obras de arte. Mas o pensamento por trás do uso tradicional desse termo, em
crítica literária, é de que haveria correspondência entre um trabalho nesses
moldes e uma fase, diz-se, inferior no desenvolvimento de um artista. Mas o que dizer de Werther, René, Macário, A noite na taverna, O veneno das flores e outros? Para não falar das
obras em si, há um livro fundamental na história da crítica literária como A carne, a morte e o diabo na literatura
romântica. Sem contar vários textos a serem encontrados desde o
prerromantismo europeu. Há quem diga que uma literatura realmente exploradora de
uma sensibilidade alternativa, que influenciará a literatura romântica dos
países mais importantes culturalmente na Europa, tem origem na Inglaterra. É a
chamada “Graveyard School”, obras precursoras como Night-thoughts on life, death and immortality e autores como Thomas
Gray.