domingo, 31 de agosto de 2014

Sonata ao Luar

São Paulo, 31 de agosto de 2014.

Voltei a minha antiga rotina de ouvir música erudita. Escolhi a sonata para piano no 14, de Beethoven, popularmente conhecida  como “sonata ao luar” , na interpretação de Daniel  Barenboim. A música foi composta por volta de 1801 e publicada em 1802 em Viena.
         Minha audição foi prejudicada pela sonolência, a qual comprometeu minha atenção em boa parte da música. A perda só não foi maior, pois já ouvi muito essa obra.
         O primeiro movimento é altamente sugestivo para aqueles que gostam de músicas mais melancólicas. No entanto, essa impressão não foi completa em mim por causa da maior lentidão a que Barenboim submeteu um movimento já devagar. No momento em que eu esperava determinada nota, a música continuava suspensa na anterior.
         De resto, a maneira como Barenboim tocou os outros dois movimentos não me foi estranha. O segundo, mais singelo, um pouco festivo, como a sugerir a entrada da primavera. O terceiro, muito veloz, impetuoso, melódico, uma verdadeira celebração.
Supondo que Barenboim teve bom senso na sua interpretação no primeiro movimento, meu repertório sobre uma só música sai enriquecido. Pretendo ouvi-la melhor daqui a alguns dias, pois, até lá, creio que minha concentração para ouvir música  clássica estará um pouco melhor.

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